Medo
Eu odeio sentir medo. Nunca entendi porque as pessoas adoram filmes de terror, ou buscam qualquer tipo de entretenimento para levar sustos. Mas aos poucos fui aprendendo a evitar o medo. “O medo é uma emoção básica, não evite o medo”, alguns amigos de psicologia vão dizer: eu evito sim, não gosto. Evito o medo desde pequena. Desde a madrasta da branca de neve, que se transformava numa senhora macabra. Eu não assistia essa parte do filme sozinha e, às vezes, passava a cena dela. Se bobear eu continuo fazendo o mesmo. É relativamente fácil, eu evito filmes de terror e parques de diversão com brinquedos como “o trem fantasma”. Certa vez um amigo, em uma viagem, me obrigou a ir em um trem fantasma e até assim eu evitei o medo: transformei o medo em raiva e sentia que meu motivo de vida era matar meu amigo que me obrigou a ir nesse brinquedo estúpido. Saindo do brinquedo, dentro do qual eu fiquei de olhos fechados o tempo todo, a raiva foi passando aos poucos. O mesmo amigo, na mesma v