Oscar Maldito

Eu ouvi dizer que o ano começou a dar errado quando o Leonardo Di Caprio ganhou o Oscar. Que de algum modo isso abalou as leis do universo e então é ele que devemos culpar por tudo isso que aconteceu esse ano. E que ano. Baita ano. Ufa. Acho que Leonardo não teve culpa, talvez os culpados sejam as pessoas que escolheram que ele é que ganharia o Oscar. Talvez o Oscar deveria ter sido mais uma vez do Eddie Redmayne, que fez o ano de 2015 ser excelente. Mas que esse ano foi um ano ao menos esquisito, isso ele foi.


A numerologia já tinha avisado que 2016 era o ano do fim. Realmente foi o fim de muitas coisas. Casais inseparáveis terminaram, pessoas extraordinárias e que não deveriam nos deixar nos deixaram e fazem uma falta danada e fica um sentimento infindável de saudade. Mas foi também um ano de fim para as minhas séries do netflix e livros que tinham lugar cativo na estante.


2016 foi politicamente amedrontado: Temer, Crivella, Trump. Socorro. E sabe lá o que ainda temos por vir. Mas também foi um ano em que vimos crescer o interesse político das pessoas, e principalmente o meu que votei pela primeira vez e fui mesária.


Foi o ano das olimpíadas, que parecem já ter sido há dois anos atrás, mas que foram um grande sucesso mesmo com todos falando que o Rio não era capaz de suportar eventos desse porte. Que a segurança iria falhar. O trânsito iria parar. O Rio suportou. A segurança, em época de eventos, foi segura, e o trânsito parou mesmo, mas sempre para, e o Rio é lindo. Você pode estar no trânsito que se olhar pela janela esquece que está em uma situação infernal. Foi também o ano das Paralímpiadas, que veio para o Rio tirando o O do nome e fez o evento mais incrível que eu já vi.


Foi o ano que eu me apaixonei pelo Antônio Prata, mais ainda pelo Gregório Duvivier, revivi um amor antigo pelo Marcelo Rubens Paiva e pelas crônicas. O ano que eu comecei a escrever e compartilhar com os amigos, então, se você está lendo esse texto, obrigada.


Foi um ano de conhecer pessoas maravilhosas, de desconhecer pessoas também maravilhosas. De se apaixonar por pessoas maravilhosas, de se desapaixonar por pessoas também maravilhosas. Foi um ano de abraço, e também de choro. De sorriso e também de seriedade. De sol e de chuva. Foi um ano de aprender muito, de descobrir-se - muitas vezes mais forte do que pensava ser -  e de amadurecer.

Todo ano é ano de amadurecer, por mais difícil ou fácil que seja. Isso acontece porque a gente cresce, e não é o ano que é difícil: crescer que é. Mas aí vai o Pequeno Príncipe de sempre “O problema não é crescer, é esquecer”. Ouvi também que o mundo começou a dar errado quando Sandy e Junior se separaram. Faz mais sentido pra mim. Que em 2017 possamos crescer muito - sem esquecer, é claro!

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